j) Seccione o cavalo logo
acima do enxerto e cubra a parte enxertada com um saquinho plástico
umedecido. Isto é para evitar a desidratação da borbulha.
Agora é aguardar. No enxerto pego, o broto vai sair do olho da
borbulha e aos poucos vai crescendo, se ramificando e assumindo a primazia no
crescimento da muda. Retire todos os brotos que não forem da borbulha.
Após o início da brotação da borbulha, vá retirando pedacinhos do saquinho a
cada dia para os brotinhos se aclimatarem. O enxerto não pego você logo vê pelo
secamente da borbulha. Normalmente se enxertam cítricos e roseiras por este
método.
ENCOSTIA
Quando as plantas não respondem bem ao enxerto por garfagem e à borbulha, você
pode tentar este método. Vamos exemplificar este método escolhendo dois hibiscos
de cores diferentes, para conseguirmos uma planta que produza duas cores de
flores. Pode-se fazer também com primaveras para obter uma planta com cores
variadas de flores.
a)
Toma-se duas mudas de hibiscos, sendo uma vermelha e outra laranja. Procure
escolher mudas com diâmetros compatíveis.
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b) Faça
um corte lateral em paralelo em cada uma delas.
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c)
Ajuste os cortes um com o outro e amarre com fitilho plástico.
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d)
Plante as duas mudinhas juntas num mesmo vaso.
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e)
Quando o amarrilho começar a enforcar o tronquinho das plantas, retire o
amarrilho e faça um outro mais frouxo. Quando o segundo amarrilho
enforcar o tronco retire o fitilho e observe se os troncos já estão soldados.
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f)
Escolha a variedade mais forte das duas plantas e comece a cortar a outra
abaixo da encostia. Vá fazendo os cortes aos poucos a cada dia, para fazer o
desmame.
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g) Após
seccionado, retire do vaso o toco da muda cortada e impermeabilize a
área com pasta cicatrizante.
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Agora é aguardar o crescimento. Como normalmente uma das plantas é mais
vigorosa do que a outra, vá equilibrando o crescimento das duas com podas de
correção. Em breve você terá uma planta interessantíssima, que vai causar
muita admiração.
Métodos de produção de mudas de maracujá
A propagação do
maracujazeiro em escala comercial é feita quase exclusivamente por sementes,
mas pode ser realizada também por enxertia e estaquia.
A propagação de
mudas por sementes é mais simples e rápida e também mais econômica, mas ela não
garante as características da planta mãe, tendo uma grande variabilidade. Na
propagação vegetativa (enxertia e estaquia) são garantidas as mesmas
características da planta matriz, mas exige mais tempo, trabalho, tem menor
aproveitamento e custo maior.
Enxertia hipocotiledonar por garfagem em maracujazeiro amarelo Fotos
José Carlos Cavichioli
Mudas por sementes
Os principais
cultivares de maracujá amarelo inscritos no Registro Nacional de Cultivares do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foram desenvolvidos pelo
Instituto Agronômico, Embrapa, Viveiro Flora Brasil e Fundo Passiflora. Essas
sementes estão disponíveis para o produtor. São híbridos selecionados para
qualidade de fruto e produtividade.
Atualmente, as
mudas de maracujá advindas de sementes são formadas por dois processos: o
tradicional, em sacolas plásticas, ou em toletes. É importante utilizar
sementes novas, com até seis meses de colhidas. Recomenda-se utilizar substrato
industrializado, à base de casca de madeiras e vermiculita para reduzir os
problemas com doenças de solo e nematoides.
É importante
complementar com fontes de cálcio e fósforo via fertirrigação. São necessárias
adubações de cobertura periódicas com solução de 0,05% de sulfato de amônia,
0,05% de cloreto de potássio e 0,01% de superfosfato simples. Aplica-se esta
solução à base de 2 a 3 L/m2em intervalos semanais ou quinzenais,
conforme o desenvolvimento desejado das mudas.
Considerando que a
ocorrência do vírus do endurecimento dos frutos no maracujazeiro amarelo
acarreta sérios prejuízos à cultura e que esse vírus é transmitido por pulgões,
é importante que a muda seja formada em boas condições de sanidade, para não
haver contaminação nessa fase, o que comprometeria a lavoura.
Assim, recomenda-se
que as mudas de maracujazeiro sejam adquiridas de viveiros que utilizam a
produção em estufas fechadas com tela antiafídeo e de preferência de
viveiristas registrados no MAPA.
Enraizamento das
estacas
As estacas para
propagação do maracujazeiro devem ser retiradas de plantas-matrizes com
características altamente desejáveis. Deve-se, então, retirar estacas de várias
plantas, todas produtivas, uniformes e com qualidade de fruto. Em regiões onde
há problemas com o vírus do endurecimento dos frutos não se deve retirar
estacas de plantas no campo, com o risco de estar levando material doente para
o viveiro.
Na estaquia,
utiliza-se a parte intermediária dos ramos, seccionando-se estacas com três a
quatro gemas e uma folha na parte superior, no início da brotação primaveril.
Metade da área foliar deve ser removida para evitar excesso de perda de água
por transpiração. As estacas são enterradas 2/3 do seu comprimento em areia
grossa lavada.
Depois do
enraizamento das estacas, por volta do 20° ao 30° dia após o seu enterrio no
substrato, elas devem ser transferidas para recipientes contendo substrato
convencional para a formação das mudas.
Tipos de enxertia
A enxertia mais
utilizada no maracujazeiro é a de garagem fenda cheia. Podemos utilizar dois
tipos: a hipocotiledonar e a convencional. A diferença básica entre estes dois
tipos de enxertia está na idade da planta em que a prática é realizada.
A enxertia
hipocotiledonar é realizada em plantas com aproximadamente 25 dias de germinadas.
Decepam-se os portas-enxerto (cavalos) abaixo dos cotilédones, abrindo-se uma
fenda longitudinal com cerca de 1,0 cm. Procede-se então à retirada dos garfos,
decepando-se as plântulas doadoras abaixo dos cotilédones, fazendo-se uma cunha
em bisel duplo de forma a expor os tecidos do câmbio, utilizando-se, para isso,
de uma lâmina de platina bem afiada do tipo lâmina de barbear.
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